18 de maio de 2011

Graça Morais










Graça Morais é uma pintora, ceramista e cenógrafa portuguesa que nasceu a 17 de Março de 1948, em Viero, Trás-os-Montes, Portugal.

É a partir de 1961 que começa a dar os primeiros passos na Arte, pois executou, para uma representação do Auto da Alma, de Gil Vicente, no Liceu de Bragança, os cenários da peça. Para além disso, também criou o jornal da escola.

Em 1966 Ingressou na Escola Superior de Belas Artes do Porto para estudar pintura. Utilizou como primeiras referências artísticas, os pintores Chagall e Van Gogh. Passados quatro anos decidiu ir viajar, passando por Londres, Amesterdão e Paris. Estes destinos fizeram com que fossem alargados os conhecimentos e inspirações para as suas obras futuras.

Já em 1974, a pintora expôs, pela primeira vez, no Museu Alberto Sampaio – dois anos depois de leccionar Educação Visual numa escola em Guimarães.

A partir do nascimento da sua filha, Joana, em 1974, Graça Morais partiu à descoberta do mundo, tendo vivido e exposto em Paris, com uma bolsa da Calouste Gulbenkian; já no continente americano, expôs nos Museus de Arte Moderna de S. Paulo e do Rio de Janeiro. Em 1988 foi convidada a visitar Cabo Verde, que chegou a ser presenteado com uma exposição na Cidade da Praia com o tema o próprio país e a sua sociedade; visitou o Japão, expôs em Macau, Nova Iorque, Trento (Itália), etc. No entanto, e no meio de todos estes destinos, voltou sempre a Portugal, principalmente à sua terra-natal, tendo exposto diversas obras, pelos muitos Museus que Portugal oferece.

Para além de tudo isto, elaborou ilustrações para autores como José Saramago, Sophia de Mello Bryener Andersen, Miguel Torga, Agustina Bessa-Luís, Clara Pinto Correia, entre outros. Quanto às cenografias é de realçar o tratamento dos figurinos e cenários para a peça Ricardo II, de William Shakespeare.

Quanto às características da sua vasta obra, o que de facto é importante realçar é a temática quase sempre ligada ao Viero e gentes de Trás-os-Montes, bem como a predominância das cores quentes nas suas obras. Graça Morais é uma autora que sabe retratar melhor que ninguém as temáticas do nascimento, vida e morte. Assim sendo, e por nunca ter seguido uma corrente artística específica, Sílvia Chico caracteriza as obras da artista como “entre dois pólos opostos”, pois numa mesma obra é possível visualizar tanto um realismo inerente, como uma capacidade para o desenho que exalta na obra, e ainda um deliberado anti-esteticismo, que afirma a sua independência face às tendências e cânones que possam ter surgindo antes e aquando da realização das suas diversas obras.

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